terça-feira, 23 de junho de 2015

A Soja no Amapá



Por Juan Monteiro
Para Lado B

Soja pode gerar milhares empregos e aumentar o PIB do Amapá em 20% com uma produção sustentável e entre as mais competitivas do mundo devido vantagens que estado possui em relação a outros lugares, segundo Daniel Sebben, presidente da Aprosoja-AP.

O arranjo produtivo da soja envolve uma série de atores que realizam diversos serviços possibilitando a abertura de cerca de 33 mil vagas no mercado de trabalho para absorver a mão de obra local atualmente carente de oportunidades devido aos impactos gerados pela crise econômica mundial que atinge o Brasil e o estado do Amapá, com a evidente diminuição de setores como a indústria e o comércio.     
Para o presidente da Aprosoja-AP, Daniel Sebben, “os empregos gerados pela produção da soja podem substituir a economia do contracheque no Amapá, além de elevar de forma significativa o PIB em cerca de 20%, representando um montante aproximado de R$ 2,8 bilhões”. Esta injeção na economia se justificaria por nossas vantagens comparativas, a exemplo do baixo custo das terras, clima, cerrado leve e propício ao plantio, e principalmente a localização estratégica do Porto de Santana.

Presidente da Aprosoja-Ap, Daniel Sebben. Foto: Juan Monteiro
O custo de movimentação logística da soja por tonelada em regiões como a de Mato Grosso gira em torno de 185 dólares, enquanto o custo por tonelada no Amapá ficaria em 75 dólares, partindo do porto amapaense gerenciado pela Companhia Docas de Santana. Isso colocaria o estado entre os menores custos de produção de todo o mundo e o preço de exportação da soja entre as mais competitivas do mercado.
O valor sustentável seria agregado pela inclusão social através do trabalho e ocupação de 400 mil hectares, um pouco mais de 6% do território amapaense, o que não comprometeria as florestas e áreas de cerrado, generosamente destinadas às APA’s, preservando estes importantes ecossistemas ao uso das futuras gerações. Além disso, a produção segue à risca as leis ambientais e os tratados regulatórios estabelecidos pelo próprio mercado como a Moratória da Soja, a qual prevê a proibição de compra de produtos realizados de forma social ou ambientalmente ilegais.

Tobias Firmino, produtor agrícola. Foto: Juan Monteiro
Na unidade federativa mais preservada do país, os associados à Aprosoja-AP, constroem uma relação próxima do estado para que a instalação dessa indústria seja capaz de reconfigurar a economia local, hoje sustentada pelos serviços públicos, contribuindo com a circulação financeira, a geração de trabalho e renda, o crescimento do produto interno bruto e a arrecadação tributária para que o estado possa traduzi-la em melhoraria dos índices de desenvolvimento humano através de maiores investimentos nas áreas sociais, ao mesmo tempo em que priorizam uma relação equilibrada com o meio ambiente a fim de preservar as ricas fauna e flora da região.

Jesus Pontes, I Secretário Aprosoja-AP. Foto: Juan Monteiro
Com a soma de todos os mecanismos legais criados ao longo dos anos para proteger a natureza amapaense, se inaugura um modelo de produção diferenciado por ser ecologicamente correto, podendo agregar ainda mais valor no mercado internacional ao se tratar de uma “soja com selo verde’’, exclusivamente produzida no Amapá, servindo de exemplo para outras regiões do mundo”, afirma Sebben.

2 comentários:

  1. Só justificativa bonita, se fosse realmente assim não teríamos problemas ambientais.Uma monocultura de exportação, com a ganancia de ter mais dinheiro, logo,logo avançariam o cerrado para a floresta.

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  2. Só justificativa bonita, se fosse realmente assim não teríamos problemas ambientais.Uma monocultura de exportação, com a ganancia de ter mais dinheiro, logo,logo avançariam o cerrado para a floresta.

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