Por Juan Monteiro
Para Lado B
Soja pode gerar milhares empregos e aumentar
o PIB do Amapá em 20% com uma produção sustentável e entre as mais competitivas
do mundo devido vantagens que estado possui em relação a outros lugares,
segundo Daniel Sebben, presidente da Aprosoja-AP.
O arranjo produtivo da soja envolve uma série
de atores que realizam diversos serviços possibilitando a abertura de cerca de 33
mil vagas no mercado de trabalho para absorver a mão de obra local atualmente carente
de oportunidades devido aos impactos gerados pela crise econômica mundial que
atinge o Brasil e o estado do Amapá, com a evidente diminuição de setores como
a indústria e o comércio.
Para o presidente da Aprosoja-AP, Daniel
Sebben, “os empregos gerados pela produção da soja podem substituir a economia
do contracheque no Amapá, além de elevar de forma significativa o PIB em cerca
de 20%, representando um montante aproximado de R$ 2,8 bilhões”. Esta injeção
na economia se justificaria por nossas vantagens comparativas, a exemplo do baixo
custo das terras, clima, cerrado leve e propício ao plantio, e principalmente a
localização estratégica do Porto de Santana.
Presidente da Aprosoja-Ap, Daniel Sebben. Foto: Juan Monteiro |
O custo de movimentação logística da soja por
tonelada em regiões como a de Mato Grosso gira em torno de 185 dólares,
enquanto o custo por tonelada no Amapá ficaria em 75 dólares, partindo do porto
amapaense gerenciado pela Companhia Docas de Santana. Isso colocaria o estado entre
os menores custos de produção de todo o mundo e o preço de exportação da soja
entre as mais competitivas do mercado.
O valor sustentável seria agregado pela
inclusão social através do trabalho e ocupação de 400 mil hectares, um pouco
mais de 6% do território amapaense, o que não comprometeria as florestas e
áreas de cerrado, generosamente destinadas às APA’s, preservando estes
importantes ecossistemas ao uso das futuras gerações. Além disso, a produção
segue à risca as leis ambientais e os tratados regulatórios estabelecidos pelo
próprio mercado como a Moratória da Soja, a qual prevê a proibição de compra de
produtos realizados de forma social ou ambientalmente ilegais.
Tobias Firmino, produtor agrícola. Foto: Juan Monteiro |
Na unidade federativa mais preservada do
país, os associados à Aprosoja-AP, constroem uma relação próxima do estado para
que a instalação dessa indústria seja capaz de reconfigurar a economia local,
hoje sustentada pelos serviços públicos, contribuindo com a circulação
financeira, a geração de trabalho e renda, o crescimento do produto interno
bruto e a arrecadação tributária para que o estado possa traduzi-la em melhoraria
dos índices de desenvolvimento humano através de maiores investimentos nas
áreas sociais, ao mesmo tempo em que priorizam uma relação equilibrada com o
meio ambiente a fim de preservar as ricas fauna e flora da região.
Jesus Pontes, I Secretário Aprosoja-AP. Foto: Juan Monteiro |
Com a soma de todos os mecanismos legais criados
ao longo dos anos para proteger a natureza amapaense, se inaugura um modelo de
produção diferenciado por ser ecologicamente correto, podendo agregar ainda
mais valor no mercado internacional ao se tratar de uma “soja com selo verde’’,
exclusivamente produzida no Amapá, servindo de exemplo para outras regiões do
mundo”, afirma Sebben.
Só justificativa bonita, se fosse realmente assim não teríamos problemas ambientais.Uma monocultura de exportação, com a ganancia de ter mais dinheiro, logo,logo avançariam o cerrado para a floresta.
ResponderExcluirSó justificativa bonita, se fosse realmente assim não teríamos problemas ambientais.Uma monocultura de exportação, com a ganancia de ter mais dinheiro, logo,logo avançariam o cerrado para a floresta.
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