terça-feira, 19 de maio de 2015

Contra “transporte pirata”, Setap lança campanha no Amapá

Ao utilizar um transporte pirata, o passageiro se expõe a um grande risco. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), lançou uma campanha para alertar a população sobre os males desse serviço clandestino.

De acordo com Décio Melo, presidente do Setap, as operações do Batalhão de Polícia Rodoviária e da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac) são essenciais para coibir crimes associados ao transporte pirata e agir na origem do problema: “É uma situação conflituosa, porque eles entram na rodoviária, abordam na parada de ônibus, e atraem os usuários a embarcarem fora, praticam preços menores e oferecem uma suposta comodidade ao prometerem deixar mais próximo de casa”.

Recentemente, a fiscalização da Polícia Rodoviária autuou dois motoristas, um deles tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio e ambos foram encaminhados para o Ciosp.


Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, fazer transporte ilegal gera multa de R$ 1.200,00 e apreensão do veículo além de infração grave, conforme artigo 231. Fugindo das fiscalizações, o condutor pode ser enquadrado em direção perigosa e ainda causar acidentes. “O maior risco, no entanto, é a à própria vida dos condutores e passageiros”, alerta Décio.

Décio Melo ressalta o perigo que correm aqueles que se submetem ao transporte clandestino. Golpes como o “Boa noite, Cinderela” também têm sido aplicados. “Eles oferecem ao passageiro   uma bebida contendo substâncias que induzem ao sono e levam todos os pertences. Apenas ao acordar, o passageiro percebe o furto”, alerta. E completa: “Muitos desses motoristas possuem passagem pela polícia”.

Segundo Melo, há outros crimes vinculados, como o envolvimento em tráfico, estupros e contrabandos. “Pedimos   à população que não utilize esses transportes. Apesar de toda a pressa do cotidiano, a segurança deve prevalecer”, diz.


A empregada doméstica Cleonice Maria dos Santos, 50 anos, prefere esperar pelo ônibus. Isso porque ela teme pelo desfecho de uma viagem clandestina.  “Tenho muito medo. Não dá para saber se quem está dirigindo é uma pessoa de bem. Se acontecer alguma coisa, ninguém fica sabendo”, acredita.  “Acho loucura quem tem coragem de entregar a vida nas mãos de um estranho”, completa.
Fonte de pesquisa: SETAP

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