Reportagem: Aline Brito / Everton Gadelha
Quem não
gosta de ouvir uma boa música? dedicar à alguém ou simplesmente recordar algum
fato marcado pela letra de uma bela canção?, a música invade nosso
cotidiano diariamente independente do ritmo que for, a música nos faz
viajar sem necessariamente sairmos do lugar. Mas e quem não possui o
sentido da audição? Fica privado de viajar pelas histórias retratadas nas
letras das músicas? Claro que não!
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) foi criada justamente para
auxiliar deficientes auditivos a se comunicar, assim a música também pode ser
interpretada através da linguagem de sinais. A professora Tatiana Jácome
pensando em não privar as pessoas com deficiência auditiva de conhecer a boa
música, criou um perfil na rede social youtube e lá posta vídeos com
interpretação em libras de músicas de sua preferência. Tatiana é licenciada em
letras e especialista em libras é professora intérprete de libras do Núcleo de
Formação Continuada da Secretaria de Educação e professora de libras da
Faculdade Estácio Seama.
Professora Tatiane Jácome. Reprodução: Facebook |
Segundo a intérprete as musicas boas não devem ser apreciadas somente
pelos ouvintes. “É até egoísmo privar os surdos de algumas letras que gostamos
tanto, a interpretação é uma forma de tornar a música acessível através das
libras”, comenta.
A escola estadual José de Anchieta trabalha
realiza um trabalho de inclusão de crianças especiais através da música,
utilizando a Língua Brasileira de Sinais. Alunos com diferentes necessidades
especiais compõem o Coral Som do Coração, onde uma criança que é deficiente
visual canta e o grupo realiza a interpretação em libras.
Coral Som do Coração. Reprodução Facebook |
A escola também
trabalha a comunicação entre os alunos especiais, Alice Caroline, 12 anos é
deficiente visual e aprendeu Libras tátil para se comunicar com as colegas que
são deficientes auditivas.
Alice conversando em livras com a colega surda. Reprodução: Facebook |
“A professora de libras me ensinou a linguagem de sinais, eu faço os
movimentos na mão dos meus colegas surdos e eles fazem na minha, assim podemos
conversar normalmente”, relata Alice, que perdeu a visão ainda recém nascida.
Em Macapá o estudo da Língua Brasileira de Sinais ainda está em desenvolvimento,
a universidade federal do Amapá – UNIFAP já possui a primeira turma do curso de
Letras-Libras.
Acompanhe o trabalho da intérprete Tatiana Jácome na tradução da música
de Jorge Vercilo, Talismã sem par, através do vídeo abaixo.
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