terça-feira, 12 de maio de 2015

Professora de Libras usa internet para mostrar acessibilidade musical

Reportagem: Aline Brito / Everton Gadelha

Quem não gosta de ouvir uma boa música? dedicar à alguém ou simplesmente recordar algum fato marcado pela letra de uma bela canção?,  a música invade nosso cotidiano diariamente independente do ritmo que for,  a música nos faz viajar sem  necessariamente sairmos do lugar. Mas e quem não possui o sentido da audição? Fica privado de viajar pelas histórias retratadas nas letras das músicas? Claro que não!
  
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) foi criada justamente para auxiliar deficientes auditivos a se comunicar, assim a música também pode ser interpretada através da linguagem de sinais. A professora Tatiana Jácome pensando em não privar as pessoas com deficiência auditiva de conhecer a boa música, criou um perfil na rede social youtube e lá posta vídeos com interpretação em libras de músicas de sua preferência. Tatiana é licenciada em letras e especialista em libras é professora intérprete de libras do Núcleo de Formação Continuada da Secretaria de Educação e professora de libras da Faculdade Estácio Seama.

Professora Tatiane Jácome. Reprodução: Facebook
Segundo a intérprete as musicas boas não devem ser apreciadas somente pelos ouvintes. “É até egoísmo privar os surdos de algumas letras que gostamos tanto, a interpretação é uma forma de tornar a música acessível através das libras”, comenta.
A escola estadual José de Anchieta trabalha realiza um trabalho de inclusão de crianças especiais através da música, utilizando a Língua Brasileira de Sinais. Alunos com diferentes necessidades especiais compõem o Coral Som do Coração, onde uma criança que é deficiente visual canta e o grupo realiza a interpretação em libras. 



Coral Som do Coração. Reprodução Facebook
A escola também trabalha a comunicação entre os alunos especiais, Alice Caroline, 12 anos é deficiente visual e aprendeu Libras tátil para se comunicar com as colegas que são deficientes auditivas.

Alice conversando em livras com a colega surda. Reprodução: Facebook


“A professora de libras me ensinou a linguagem de sinais, eu faço os movimentos na mão dos meus colegas surdos e eles fazem na minha, assim podemos conversar normalmente”, relata Alice, que perdeu a visão ainda recém nascida.

Em Macapá o estudo da Língua Brasileira  de Sinais ainda está em desenvolvimento, a universidade federal do Amapá – UNIFAP já possui a primeira turma do curso de Letras-Libras.
 
Professora Tatiane Jácome em sala de aula. Foto: Reprodução Facebook
Acompanhe o trabalho da intérprete Tatiana Jácome na tradução da música de Jorge Vercilo, Talismã sem par, através do vídeo abaixo.


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