quinta-feira, 9 de abril de 2015

O bullying é um problema sério que afeta milhões de crianças.

Texto de: Everton Gadelha
A maiorias das pessoas desconhece as causas que levam ao bullying e muitas nem sabe ao menos o que ele representa.

Originada na palavra inglesa bully, que significa brigão, valentão, o bullying é caracterizado como toda forma de agressão, seja ela verbal ou física, opressão, intimidação, humilhação, maltrato causado por um ou mais indivíduos de forma repetitiva, intencional, sem motivos evidentes, gerando dor e angustia às pessoas que são incapazes ou impossibilitadas de se defender, sendo as mesmas realizadas dentro de uma relação desigual de força e poder.

Pessoas que ser intitulam mais populares que outras. Fonte da image: relacionamento.org
Categoria:
O bullying pode ser divido em duas categorias.
DIRETO: É a forma mais comum entre agressores do sexo masculino, e INDIRETO, sendo a mesma comum entre mulheres e crianças, possuindo como característica principal o isolamento social da vítima, quando a mesma passa a temer seu agressor(a) devida as ameaças ou até mesmo a concretização da violência tanto física quanto sexual levando a perda dos meios de subsistência.
O que não é bullying?
Brigas e discussões pontuais não são consideradas formas de bullying. Para que o mesmo seja concretizado é necessário que a agressão seja feita em pares, como por exemplo colegas de classe ou de trabalho. Então, entende-se que todo bullying é uma agressão, porém nem toda agressão é classificada com bullying. Ou seja, a agressão tanto física quanto mental, para ser caracterizada como bullying deve apresentar quatro grandes características.
1.   E necessário que o ator tenha intenção de ferir o alvo;
2.   A agressão tem que ser repetitiva;
3.   Necessário um público espectador;
4.   Aceitação da vítima perante a agressão do autor.
Quando há a superação da agressão, reação ou quando o autor é ignorado, acontece uma desmotivação por parte do agressor.
Autores:
Geralmente o(s) autor(es) das agressões é uma pessoa que possui pouca empatia, vindo de famílias desestruturadas, nas quais o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser precário ou violento física ou verbalmente. Em função disso, muitas vezes o bullying se manifesta muito cedo, ainda no ambiente escolar.

fonte da imagem: huffingtonpost
Muitas das vezes a prática do bullying é concretizada por pessoas que ser intitulam mais populares que outras, uma forma de ser sentirem “poderosas” usando essa prática como forma de obter uma “boa imagem” de si própria. De fato, os mesmos são pessoas que não têm autocontrole de suas emoções, destacando a raiva como a principal fonte para humilhar e depreciar suas vítimas, se sentindo satisfeitos com a opressão do agredido.
Vitimas:
Costumam ser pessoas com baixa autoestima e retraídas tanto no ambiente escolar quando no ambiente familiar. São definidas em três categorias de vítimas.
Vítima Típica: 
Pessoas que não conseguem se socializar dentro de um ambiente, devido as mesmas serem tímidas ou quando recebem provocações e agressões. Não têm poder de reação contra seus agressores. Geralmente têm aparecia física frágil ou possuem alguma particularidade que facilita ao agressor fazer tais provocações e intimidações, destacando-se como alvos habituais pessoas gordas, muito magras, altas ou muito baixas, pessoas que necessitam de cuidados especiais, com manchas na pele, sardas, orelhas grandes ou pequenas demais, com crenças “diferentes”, classes social economicamente inferior, com opções sexuais deferentes do contexto social ou até mesmo fora do padrão imposto por motivos banais ou injustificados pelos seus agressores. Vale a pena ressaltar que nem todas as pessoas que apresentam estas características são vítimas de bullying. Tudo é relativo.
 Vítimas Provocadoras:
Esse grupo de vítimas geralmente é composto por pessoas imaturas, com dificuldade de concentração, provocadoras, ofensivas e intolerantes que costumeiramente provocam a ira das pessoas ao seu redor.
Muitas vezes esse tipo de vítima recebe a provocação e como não está preparada para lidar com essa situação, acaba revidando, entrando em uma discussão ou até mesmo briga, chamando assim a atenção de seu agressor que aproveita a para a prática do bullying.
Vítima Agressora: 
São basicamente as que sofrem ou já sofreram bullying e se refugiam reproduzindo o mesmo, como forma de compensar seu sofrimento, procurando vítimas ainda mais vulneráveis para assim repetir todas as agressões recebidas, impulsionando um ciclo vicioso transformando o bullying em um grande problema difícil de ser controlado, ganhando cada vez mais proporção, criando uma epidemia.
E o espectador?
      Aquele grupinho ou roda de pessoas que ficam olhando o fato acontecer também são parte desse ciclo. Não pense que a prática do bullying ocorre apenas entre a vítima (alvo) e o autor (agressor). O espectador é também um personagem fundamental na divulgação e propagação do bullying.

Não seja espectador, denuncie a prática do bullying. Fonte da foto: imirante
O espectador é caracterizado como testemunha dos fatos em questão, pois o mesmo não entra em defesa da vítima ou participa da agressão. Essa “plateia ativa”, reforça ainda mais o ato, usando palavras de incentivo e rindo da situação, dando mais “credibilidade” à violência. Participam também na transmissão de imagens, vídeos ou criando rumores. Geralmente o espectador já tem esse tipo de situação como banal e muitas vezes essa omissão ocorre por medo de também se tornar um alvo.

O que acontece com as vítimas de bullyig?
    As vítimas de bullying, geralmente crianças e adolescentes, podem desenvolver sentimentos negativos e baixa estima quando se tornarem adultos. A tendência é que os mesmos adquiram sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, se tornarem pessoas totalmente agressivas. Há casos extremos em que a vítima pode tentar o suicídio.
Constituição:
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º V e X assegura a inviolabilidade destes como também o direito a reparação dos agravos acometidos por estas ofensas. Art 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos seguintes termos: V - É assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 
Código de defesa do consumidor.
Quem comente bullying pode ser enquadro no código de defesa do consumidor. Isso mesmo! Tendo em vista que quando o bullying ocorre em ambiente escolar, por exemplo, as mesma são responsáveis pelos atos de bullygin praticados em seu estabelecimento de ensino, já que entre os serviços ofertados está a segurança das crianças e adolescentes dentro das dependências da instituição.
Problema Mundial.   
A partir do momento em que essa prática entra em um ciclo vicioso, o problema torna-se mundial, ocorrendo praticamente dentro de qualquer contexto no qual estão inseridas pessoas, sendo eles com mais destaque em escolas, faculdades, ambiente familiar e no local de trabalho.
Cyberbullying.
Essa forma de bullying é praticada no ambiente virtual e eletrônico, caracterizado por mensagem difamatória ou de ameaças, circulando em redes sociais, blogs, e-mail, celulares, entre outros.

As redes sociais usadas de forma errada, são palco para o cyberbullying. Fote da foto: generationnext.
Praticamente é uma extensão do bullying físico e verbal, a diferença é que os envolvidos não estão cara a cara, dessa forma entra a questão do anonimato, que pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças, causando efeitos mais graves tanto para o autor como para o alvo.

Mas quero deixar o cyberbullying para um próximo momento, no qual vamos discorrer melhor sobre o assunto.
CHEGA DE BULLYING, VAMOS NOS UNIR CONTRA ESSE MAL QUE TEM ASSOLADO NOSSA SOCIEDADE!

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