domingo, 8 de março de 2015

Por que comemoramos o Dia Internacional da Mulher.

Texto: Aline Brito - Acadêmica de Jornalismo Estácio Seama
Revisora: Chie Kanzaki

"Não se nasce mulher, torna-se mulher". Essa é uma frase da escritora, filósofa existencialista e feminista francesa, Simone de Beauvoir.  A mulher, ao longo da história, sempre foi vista como ser inferior ao homem. Na Grécia Antiga elas não eram consideradas cidadãs e não participavam efetivamente do processo de democracia, pois eram consideradas incapazes intelectualmente. A função da mulher seria basicamente a maternidade; esse  papel  é mostrado claramente em várias obras do filósofo Aristóteles.
Não somente na Grécia, mas em todo o mundo, as mulheres eram vistas como um ser reprodutor e submisso ao homem, cumprindo afazeres domésticos e satisfazendo seus desejos. Mas esse quadro seria mudado a partir das 1° e 2° guerras mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando muitos chefes de família tiveram que deixar esposas e filhos para lutar no campo de batalha, com isso, obrigando essas mulheres a assumirem o dever de manter o lar financeiramente. A partir desse momento da história, a classe feminina não parou mais de buscar seu devido lugar na sociedade e no mercado de trabalho, não mais como ser reprodutor e cuidadora do lar, mas como ser intelectual e trabalhadora, mostrando que podia ocupar os mesmos cargos que antes apenas o homem era considerado capaz de ocupar. No dia 08 de março comemora-se o “Dia Internacional da Mulher”, dia em que as floriculturas lucram, bem como restaurantes e outros tipos de estabelecimentos que proporcionam entretenimento. Mas será que todas têm o que comemorar? Será que todas ganham flores e são levadas para jantar? Será que todas recebem a frase “parabéns pelo seu dia”? Não, meus amigos. Milhões de mulheres nem sabem o motivo pelo qual o dia 8 de março é seu dia, pois estão ocupadas demais tentando conseguir alimento para sua família ou simplesmente tentando entreter os filhos para que não sintam fome.

Hoje não comemoramos dia de ganhar flores ou presentinhos, mas o mundo é capitalista e sempre quer passar por cima da história trágica que marca este dia. Você sabe o que aconteceu no dia 8 de março de 1857?


Dia da tragédia

Operárias de uma fábrica de tecidos situada numa cidade norte-americana realizaram uma grande greve para reivindicar melhores condições de trabalho, redução da carga horária, respeito no ambiente  de trabalho e equiparação salarial com os homens, pois elas recebiam um terço do salário que eles recebiam e trabalhavam muito mais.
A manifestação teve um fim trágico: a morte de mais de 130 funcionárias carbonizadas. As grevistas foram trancadas na fábrica, que foi incendiada para que se fosse tomado como exemplo para futuros grevistas. Mas essas mulheres não morreram em vão. Ao longo dos anos seguintes a data era lembrada e se tornou tema de muitas conferências, mas foi em 1975 que a ONU decretou a data como Dia Internacional da Mulher.

Atualmente as mulheres continuam na luta por direitos iguais, mas grandes conquistas foram feitas, e a mulher cumpre papel fundamental no mundo, assumindo posições que antes eram exclusivamente masculinas, pois  a ciência já comprovou o que sabemos desde que nascemos: somos fortes, inteligentes,  astutas, resilientes.

Nossa homenagem ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

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